Se você viveu os anos 90 ou teve a sorte de colocar as mãos em um fliperama naquela época, com certeza sabe o que foi encarar um desconhecido num duelo de Street Fighter. Ali, não era só sobre vencer.Era sobre mostrar quem você era com apenas seis botões e um controle duro de arcade.
Eu me lembro como se fosse ontem: aquele som de ficha caindo, a galera se amontoando atrás da máquina, e o clássico “Round One… Fight!” ecoando como um chamado pra batalha.
A história do Street Fighter começou lá em 1987, mas a verdadeira revolução veio em 1991, com Street Fighter II. Foi ali que tudo mudou. O jogo te dava a chance de escolher entre vários personagens, cada um com seu próprio estilo, sua própria história… e, claro, seus golpes secretos que a gente só descobria tentando (ou espionando o vizinho de fliperama).
Era um tempo em que não existia tutorial, nem YouTube, nem patch de correção. A gente aprendia na raça, testando, errando, apanhando e melhorando.
O que tornava Street Fighter tão especial não era só a jogabilidade, mas a emoção. Cada luta era um evento. Tinha quem gritava, quem torcia, quem vibrava com um combo bem encaixado. E quando a gente conseguia soltar um Hadouken pela primeira vez… parecia mágica!
A gente não jogava sozinho. Mesmo quando era só contra o computador, o sentimento era de estar num ringue invisível. Quem perdia dava lugar, quem ganhava virava lenda. O respeito era na marra.
Cada personagem de Street Fighter virou quase um símbolo de identidade. Tinha o amigo que só jogava de Ryu, o outro que era viciado no Zangief, e aquele que ninguém ganhava porque dominava o Guile como ninguém.
E não dá pra esquecer da Chun-Li. Ela foi uma das primeiras mulheres lutadoras dos games e abriu caminho pra muitas outras. Forte, ágil e respeitada.Uma verdadeira guerreira que mostrou que lugar de mulher também é no controle.
Os anos passaram, os gráficos evoluíram, vieram novos consoles e versões modernas… mas a essência continuou ali. Street Fighter V e agora o Street Fighter 6 mantêm vivo esse espírito competitivo, essa paixão que começou nas fichas e hoje segue nos campeonatos de eSports.
Mas a verdade é que, pra muitos de nós, Street Fighter é mais do que um jogo. É uma lembrança. É aquela tarde depois da escola, aquela risada entre amigos, aquela vez que você virou o jogo no último segundo.
Não importa quantos anos passem… quando a gente escuta aquele “Perfect!”, o coração ainda bate mais forte.
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